agosto 05, 2012

O vício de estar APAIXONADO!


Quando a paixão vicia, chamamos de Limerância. São pessoas que não passam do estágio da paixão que tira fome, sono, causa euforia, correspondida ou não, para a fase mais tranquila ...o amor. Se trata de uma prisão consentida denunciada pela adrenalina. Por um sentimento instável e ansioso, fazendo o sujeito a apresentar sintomas físicos parecidos com os do pânico e depressão. É uma prisão quase psicótica que declina o bom senso e a razão. A paixão em sua origem semântica , representa sofrimento do grego" Pahtos", e suplício, do latim "Passio". A Limerância é um extremo deste sentimento da paixão. Parece um desencontro do sujeito com qualquer sentido de satisfação. Ele nunca estará satisfeito. Desta falta estrutural , já nos fala a neurose freudiana. Mas há algum outro componente inerente e específico que deflagra toda esta patologia. Não se sabe ainda o porquê do seu desenvolvimento e evolução em determinadas pessoas e relações. Mas há pesquisas neurológicas em andamento. Mas enquanto não se tem respostas fisiológicas, entende-se como uma condição comportamental. Poderia classificar a Limerância, como um tipo de adição, droga. Pois o sujeito tanto pode viciar no objeto, pessoa, como no sentimento que esta adrenalina provoca. Substituindo assim suas "paixões" a toda hora; desde que obtenha as mesmas sensações de prazer patológico.É preciso não idealizar tanto um parceiro(a) ou relação. Pois isto provoca uma outra questão: Ninguém serve! Logo, a dificuldade de comprometimento, aumenta proporcionalmente na medida em que este sujeito não sente mais a necessidade e desejo de se envolver em relações saudáveis. Onde há dias bons e ruins. Onde temos momentos de presença e ausência na relação.
Então, importante pensar quando este deslumbramento se torna mais importante que tudo, inclusive que a dor do apaixonado, que frustrado, angustiado, doente, não consegue um limite ou um avanço na sua estrutura de saber lidar com os seus desejos e prazeres. Mudar de paixão, logo, não resolve o problema. É preciso falar disto e alguns casos usar medicação, enquanto se elabora os motivos que edificaram este sintoma. Buscar no outro ou em algo, aquilo que não encontrou dentro de si, é a pior forma de iniciar este vício. O "outro", não passa de uma projeção idealizada daquilo que alguém não deu conta sozinho, por si mesmo. E vê neste sentido, um alívio para a sua falta e frustração como sujeito. Grande engano!!! 

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